Por que algumas drogas são permitidas e outras não?

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Society for the Study of Addiction - uma instituição norte-americana que estuda os vícios desde 1884 – o álcool e o tabaco são as drogas mais perigosas e sua taxa de consumo é elevada no mundo inteiro. Essas drogas estão intimamente ligadas ao surgimento de doenças como a hipertensão. Você deve estar se perguntando: então por que tais substâncias são legalizadas? Entenda mais sobre isso neste artigo.

De onde vem o proibicionismo?

Como se sabe, muitas drogas que conhecemos são usadas há milênios, mas somente no século XX esta discussão se aprofundou. Nos Estados Unidos, na década de 20, surgiu o que se convencionou chamar de Estatuto do Proibicionismo, que colocou em diferentes patamares as indústrias farmacêutica, de tabaco, de álcool e de drogas que passaram a ser consideradas ilícitas.

O que se viu é que as consequências da dependência química não foi o critério que prevaleceu, mas outros tais como fatores culturais e interesses econômicos que fizeram com que o tabaco e o álcool, apesar de serem nocivos ao organismo humano, fossem considerados lícitos.

Mas é importante que se tenha em mente que, quando falamos em drogas lícitas ou ilícitas, nos referimos à forma como os governos tratam juridicamente determinadas substâncias e não a uma divisão entre as drogas ruins e boas. Esta mesma observação se aplica aos medicamentos que têm potencial para causar dependência, como os antidepressivos.

Porta de entrada para outras drogas

Outro fator preocupante em relação às drogas lícitas é que o seu uso abre portas para que o indivíduo consuma as drogas ilícitas.

Alguns estudos realizados, como o de Eric e Denise Kandel e Amir Levine, observaram que os efeitos da cocaína eram potencializados em ratos que haviam recebido doses diárias de nicotina anteriormente. Com a sensação de prazer e euforia aumentadas, o indivíduo tem grande probabilidade de desenvolver dependência de outras drogas.

Como lidar com essa situação?

Ao se sentar em um bar para beber com conhecidos ou aceitar o cigarro de um amigo, lembre-se de que essas substâncias são perigosas e devem ser evitadas ou usadas com muito cuidado.

É também importante que pais e responsáveis deixem claro para os mais jovens sobre os riscos que as drogas, sejam elas lícitas ou não, trazem para o organismo e a vida de seus consumidores.

A escola também não pode se ausentar da discussão, devendo propiciar o debate para que desde muito novas as pessoas possam receber informações sobre o assunto e assim se manterem longe do vício.

Quem já sofre com o alcoolismo e/ou o tabagismo ou tem alguém próximo nessa condição pode contar com o Busca Clínicas de Recuperação. São centenas de espaços especializados que podem ajudá-lo a sair dessa situação. Acesse o site e conheça as opções disponíveis.