Com quantos quilos uma pessoa é considerada obesa?

21/01/2021

Com quantos quilos uma pessoa é considerada obesa?

A obesidade é uma doença que consiste no acúmulo de células de lipídios no citoplasma, chamado de tecido adiposo, popularmente chamado pelas pessoas de gordura.

Para um indivíduo ser considerado obeso, seu índice de massa corporal (IMC) tem que estar acima de 30 kg/m², mas um IMC superior a 25 kg/m² já é considerado excesso de peso.

Para calcular o IMC de uma pessoa, basta dividir seu peso pelo quadrado de sua altura e comparar o resultado à tabela abaixo:

 

Abaixo de 17 = Muito abaixo do peso

Entre 17 e 18,49 = Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,99 = Peso normal

Entre 25 e 29,99 = Acima do peso

Entre 30 e 34,99 = Obesidade I

Entre 35 e 39,99 - Obesidade II (severa)

Acima de 40 - Obesidade III (mórbida)

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O que provoca a obesidade?

Geralmente ela surge quando um indivíduo combina três fatores: suscetibilidade genética, alimentação rica em calorias e falta de exercícios. E, quanto maior for a massa corporal da pessoa, maior será sua necessidade de energia.

 

Os 6 vilões da obesidade

Conheça agora os seis fatores que mais colaboram para que os índices de pessoas obesas aumentem cada vez mais:

 

  • Estilo de vida sedentário

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de pessoas que praticam atividades recreativas ativas, como os exercícios físicos, caiu aproximadamente 30% no mundo todo.

A explicação para isso envolve a maior oferta de transporte mecanizado (que leva a pessoa a andar menos a pé) e a evolução de trabalhos automatizados (que exigem pouco esforço físico).

Quanto às crianças, pesa a falta de educação física nas escolas e o declínio dos percursos até as unidades escolares, que antes eram feitos a pé. Os meios de comunicação também são apontados como responsáveis pela alta taxa de obesos, uma vez que tanto adultos quanto crianças passam muito tempo em frente à televisão e usando telefones celulares.

 

  • Genética

Dependendo da população examinada, a percentagem de obesos devido a fatores genéticos vai de 6 a 86%. A pesquisa aponta ainda que entre os filhos de dois pais obesos, 80% também são obesos.  A síndrome de Prader-Willi e a síndrome de Badet-Biedl também são responsáveis por casos de obesidade.

 

  • Hábitos sociais

Algumas mudanças e/ou comportamentos sociais refletem no aumento do risco de obesidade, entre elas/eles a urbanização, o número de filhos, a discriminação, a classe socioeconômica e o estresse.

 

  • Doenças

Remédios usados em algumas doenças físicas e mentais, aliados à própria doença, aumentam a incidência de obesidade.

É o caso, por exemplo das deficiências de hormônios no crescimento, hipotireoidismo, síndrome de Cushing, transtorno da compulsão alimentar periódica, transtornos alimentares e síndromes genéticas raras. Em pessoas com doenças psiquiátricas, o risco de obesidade e de sobrepeso é ainda maior.

 

  • Remédios

O aumento de peso é observado também em pessoas que usam determinados medicamentos como algumas fórmulas de contracepção hormonal, pixotifeno, anticonvulsivos, glicocorticoides, antidepressivos, antipsicóticos atípicos, tiazolidinediona, sulfonilureias e insulina.

 

  • Agentes infecciosos

A flora intestinal pode afetar o potencial metabólico em pessoas obesas e essa alteração capacita o organismo a recolher mais energia, o que contribui com a obesidade.

 

Quais os perigos da obesidade?

Uma pessoa obesa está mais suscetível a ter:

 

  • Diabetes do tipo 2

Trata-se do excesso de açúcar no sangue, geralmente causado porque o pâncreas não consegue mais trabalhar adequadamente. Em uma situação normal, este órgão produz a insulina, o hormônio responsável por ajudar a glicose a entrar nas células. O quadro geralmente começa com uma resistência à insulina que, se não for tratada, culmina na exaustão do pâncreas, demonstrada a partir do aumento nas taxas de glicose. É importante frisar que a diabetes tipo 2 aumenta a chance de que a pessoa tenha uma série de outros problemas de saúde.

 

  • Doenças cardiovasculares

Quanto mais alguém está acima do peso, mais esforço seu coração precisará fazer para bombear o sangue, ou seja, o órgão é obrigado a trabalhar mais para dar conta de suas funções.

Além disso, pessoas obesas têm mais chances de acumular células gordurosas nas artérias, elevando o risco de entupimento delas, o que também prejudica o funcionamento do coração.

 

  • Apneia obstrutiva do sono

Trata-se de uma obstrução total ou parcial da via respiratória enquanto a pessoa está dormindo. Os episódios podem durar até mais de um minuto e a obesidade pode colaborar para que ocorra, visto que, em pessoas acima do peso, há mais tecido adiposo próximo às vias respiratórias. Estima-se que 70% das pessoas que sofrem com o problema sejam obesas.

 

Além da questão estética que infelizmente faz que pessoas acima do peso sejam alvo de bullying e de piadas, encurtando o caminho para doenças como a depressão, pesquisas já mostram que, quanto maior o IMC, maiores as chances de desenvolvimento desta doença, em especial para mulheres. O estudo é de 2018 e foi publicado pelo International Journal of Epidemiology.

 

  • Osteoartrite

Esta doença causa uma degeneração das articulações, desgastando os ossos e dificultando a locomoção. A obesidade pode colaborar muito para o desenvolvimento ou agravamento do problema, sobretudo se ele afeta os joelhos, visto que, neste caso, as pernas ficam mais sobrecarregadas devido ao peso do corpo, fazendo com que a cartilagem se degenere ainda mais rápido, causando dor e falta de flexibilidade.

 

Como se vê, são muitos os fatores que fazem com que a obesidade venha se tornando um problema de saúde pública a ser combatido.

Há diversos tratamentos que podem auxiliar pessoas obesas em sua perda de peso. Geralmente é necessário atendimento multidisciplinar, que envolve consultas com médicos de diferentes especialidades, psicólogo e nutricionista a fim de obter os resultados esperados.

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