Falando sobre a internação involuntária

Qual é o momento certo de uma internação involuntária?

Em alguns casos de dependência química, a internação involuntária é a única maneira de ajudar o indivíduo.

O processo consiste em internar a pessoa que está passando por esse problema em uma instituição especializada em recuperação, e essa internação é feita sem o consentimento dela.

Esse tipo de internação é diferente da internação compulsória, que só pode ser determinada por ordem judicial.

A involuntária depende da autorização de alguém que tenha ligação consanguínea com o paciente, ou seja, pai, mãe, irmão, tio, avô e outros parentes de primeiro grau.

É uma decisão delicada, por isso é essencial que você saiba qual o momento certo de realizar essa internação.

Comportamentos que revelam a necessidade da internação

Normalmente a maioria das pessoas tem uma rotina a ser seguida no dia a dia e se preocupam com as obrigações como pagar uma conta, trabalhar, buscar os filhos na escola, etc.

Porém, com o uso de drogas, o primeiro comportamento que é notado por esses indivíduos é a falta de comprometimento com as tarefas.

O usuário perde interesse em atividades que antes demonstravam preocupação.

Além disso, ele deixa de se dedicar àquilo que proporciona prazer e bem estar como prática de exercícios físicos, leitura, trabalho, estudos, etc.

Identificamos uma pessoa como viciada quando ela usa drogas e cada vez aumenta mais a dosagem da substância.

Com isso, é visto que o consumo é excessivo e descontrolado, o que pode indicar a necessidade da internação involuntária para realizar o tratamento. Algumas características são notadas como olhos vermelhos, perda de peso, alterações no apetite e sono, coordenação dificultada e fala arrastada.

O comportamento mais marcante é a perda de convívio social. A pessoa viciada deixa de ter momentos com a família, amigos, e foge desse tipo de contato. Ainda, as substâncias químicas podem provocar depressão e até paranoias.

A droga ainda afeta muito a condição mental do indivíduo, e a partir disso podem surgir comportamentos agressivos. Essas reações são um risco e tanto para o usuário de drogas, e também para as pessoas que convivem com ele.

Por isso, diante dessa situação, a internação involuntária pode ser considerada uma opção adequada.

Medidas que devem ser tomadas para a internação involuntária

A internação involuntária envolve procedimentos específicos que são exigidos por lei, e conforme falamos acima ela deve ser cogitada quando a família acredita que é a única medida capaz de ajudar o indivíduo a se livrar do vício.

O que deve ser feito:

• Pedido de intervenção

Um familiar que tenha ligação consanguínea deverá fazer um requerimento de internação e assinar o documento autorizando-a. Esse pedido deve ser feito diretamente na instituição escolhida

• Emissão do laudo

Depois que o pedido for realizado, é preciso um laudo que comprove a real necessidade de internação. Ele deve ser emitido por um médico especializado.

• Encaminhamento

O laudo deve ser encaminhado ao Ministério Público Estadual pela instituição que realizará a internação, e o órgão será notificado quando o paciente der entrada e também quando ele receber alta.