Quanto tempo dura uma crise de abstinência?

10/06/2021

Quanto tempo dura uma crise de abstinência?

Ainda que sejam usadas em pequenas quantidades, a maioria das drogas tem efeito muito potente sobre o funcionamento geral do organismo. As substâncias que são inaladas são rapidamente absorvidas pelas células pulmonares e, em fração de segundos, alcançam a corrente sanguínea e chegam ao cérebro.
Cada organismo reage de uma forma, tanto para o consumo de drogas, como para as sensações ocasionadas pela abstinência. No entanto, como uma média geral, podemos considerar que essas crises duram entre 4 e 15 dias, mas podem prolongar-se em casos mais críticos.

Por meio dessa rápida trajetória, essas substâncias geram uma grande — e falsa — sensação de bem-estar e de prazer. Isso ajuda a entender o que leva os usuários ao vício, pois quando passa esse efeito, eles querem sempre usar mais drogas para manter essa condição de leveza e de aparente “felicidade”.

Na atualidade, o impacto negativo das drogas sobre a sociedade tornou-se uma das questões mais preocupantes para a Saúde Pública. Além de causar a redução da capacidade crítica, reflexiva e danos em diferentes áreas da vida do usuário, o vício o expõe à vulnerabilidade marginal e à exclusão social.

As pessoas que tentam abandonar a dependência invariavelmente esbarram na crise de abstinência.

É um assunto bem conhecido da maioria das pessoas, mas poucos sabem o que realmente significa passar por essa fase, quais as dificuldades encontradas e porque muitos dependentes não conseguem transpor essa barreira.

Para você que quer saber o que é crise de abstinência, quanto tempo ela dura e porque é uma etapa tão difícil da desintoxicação, esse é o assunto abordado nesta postagem.

O que é crise de abstinência?

Crise de abstinência é um conjunto de reações decorrentes da privação de algo.

Embora seja comum que esteja ligada às drogas, álcool ou nicotina, pode ser decorrente de outros fatores como compras, jogos, uso de celular ou tablet, por exemplo.

Os sintomas surgem em decorrência da interrupção do uso da substância ou comportamento nocivo e a falta que isso faz para o organismo.

A compulsão não está relacionada somente ao prazer proporcionado pelo vício, mas também à tentativa de evitar os sintomas desagradáveis que a privação causa ao dependente, ou seja, a abstinência em si.

Por vezes, o dependente pode buscar a droga não para sentir mais o prazer que ela oferece, mas para buscar o equilíbrio ao qual está habituado.

Por que as crises de abstinência acontecem?

Usar drogas é um sinal de dependência quimica. Isso é considerado uma doença crônica e infelizmente, sem cura. No entando, existem diversos tratamentos muito eficazes para contribuir no tratamento a curto, médio e longo prazos.
A primeira fase do tratamento, a desintoxicação, é quando elimina-se o uso da droga de forma repentina. O corpo vai sentir falta daquela substancia, e a pessoa pode apresentar quadros de ansiedade e impulsividade para tentar acabar com a vontade de se drogar.

Sintomas da síndrome de abstinência

Os sintomas costumam ser bem desagradáveis e não são iguais para todos os dependentes. As variações são em decorrência principalmente do tipo de dependência do usuário, da frequência e do tempo de uso, entre outros fatores.

As reações físicas mais comuns durante as crises de abstinência são:

  • Sudorese;
  • Tremores;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Coração acelerado e
  • Dificuldades para respirar.

Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões, ataques cardíacos, derrames, infartos e alucinações. Por isso é sempre importante o dependente contar com acompanhamento médico quando decide abandonar o vício.

Há ainda as reações psicológicas que, embora possam aparecer devido à abstinência de qualquer droga, estão mais relacionadas com a dependência de cocaína, maconha e ecstasy.

Os sintomas de ordem psíquica mais comuns são:

 

Depressão;
Irritabilidade;
Insônia;
Ansiedade;
Isolamento social;
Problemas de concentração;
Dores de cabeça e
Inquietação.
Cada caso deve ser analisado individualmente para que o usuário receba o tratamento mais eficaz, bem como a prescrição da dosagem de acordo com a intensidade dos sintomas. Para o tratamento, é comum que os profissionais recomendem medicamentos como sedativos, antidepressivos e ansiolíticos.

O diagnóstico da síndrome e o grau de abstinência deve ser notado o quanto antes e assim que observado, os familiares devem buscar tratamento médico, pois o paciente dificilmente enxerga o vício como um problema. A família é parte fundamental para o sucesso do tratamento, pois durante a abstinência, a pessoa muitas vezes quer parar, mas o corpo luta contra o dependente e isso pode desestimulá-lo, porém é uma condição passageira, que vale o esforço”.

Embora seja um período de muito sofrimento para os dependentes, ele não dura para sempre. Veja a seguir o tempo que esses sintomas levam para desaparecer.

Principais remédios para a abstinência
É imprescindível que qualquer tratamento de um dependente químico seja realizado por meio de uma clinica de reabilitação, que tem equipes capacitadas para acompanhar cada caso. Jamais tente fazer um tratamento desse em casa, muito menos indicar um remédio para abstinência de droga sem a consulta previa de um profissional da saúde.
Cometer esse tipo de erro traz mais riscos ao paciente, e corre o risco de agravar o seu quadro. Separamos aqui uma lista dos medicamentos mais comuns, que são utilizados em tratamentos:

 - Maconha: um estudo indicou que 12% dos usuários de maconha apresentaram sintomas de abstinência parecido com os causados pelo cigarro. Nesse caso, o melhor remédio indicado nesse caso é a fluoxetina, que é um antidepressivo, que ajuda a administrar a depressão, a ansiedade e o estresse. Outro medicamento que também ajuda no controle dos sintomas da abstinência de maconha é o cloridrato de buspirona.

 - Cocaína: o uso de cocaína causa sensações de euforia e entusiasmo fora do comum. Nesses casos dois medicamentos são recomendados: topiramato e o pergolide. O primeiro controla convulsões e reduz a excitação, e o segundo ajuda a restaurar as capacidades cognitivas e motoras.

 - Heroína: os medicamentos mais conhecidos no tratamento de abstinência de heroína são a metadona e buprenorfina. A metadona, por exemplo, é um opioide mais fraco que ameniza os sintomas de abstenção da droga.

 - Crack: o efeito do crack é muito rápido, o que faz com que os dependentes consumam a droga quase que ininterruptamente. O vicio causa perdas cognitivas significativas. O topiramato também é indicado no tratamento da abstinência. Outro medicamento recomendado é o modafinil, que aumenta a concentração e a capacidade cognitiva.

Alguns remédios naturais também são utilizados para controlar a abstinência, um exemplo é o chá de angélica, que é uma planta comum na Europa e muito eficiente para ajudar no controle da ansiedade e depressão.

Há também o girassol mexicano que é um potente remédio natural. Seus princípios agem no organismo e conseguem reduzir, significativamente, as crises de abstinência de drogas, como o álcool e o tabaco.

No Brasil, existem, também, os Centros de Atenção Psicossocial, conhecidos como CAPS, onde o acompanhamento do dependente é feito por um profissional psiquiátrico. Lá, o dependente assistido tem acesso gratuito a muitos medicamentos que controlam a abstinência. Contudo, é preciso que ele crie Planos de Prevenção à Recaída.

Duração da crise de abstinência

A abstinência passa por três fases. A primeira é a desintoxicação e dura aproximadamente um mês. É nesse período que costumam ocorrer as crises, que se estendem entre três dias e duas semanas.

Esse tempo varia muito, dependendo do tipo de droga usada, a frequência e tempo de uso, as características físicas e psicológicas do dependente e seu estado de saúde física e mental.

A segunda fase é a da recuperação, que tem duração em torn

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