O que é adicto em recuperação?

21/06/2021

O que é adicto em recuperação?

O adicto é uma pessoa dependente de algo. Normalmente esse termo é utilizado para se referir a uma pessoa dependente de drogas ilícitas, mas a adicção pode estar relacionada a qualquer outra dependência fisiológica e psicológica que gere problemas comportamentais.

O uso de qualquer substancia que altere a mente e o humor de um adicto, retirando sua lucidez, provoca problemas em qualquer área de sua vida.

É uma doença de difícil detecção, e envolve muito mais que o uso de drogas. O isolamento é o núcleo da doença que inclui ainda características como manipulação, mentira e inversão de valores na tentativa de usar mais drogas para sobreviver. O adicto não consegue lidar com a vida da forma que ela é. Porém, como outras doenças que não tem cura, a adicção pode ser detida, e para isso a pessoa precisa estar disposta a admitir que é alérgico a drogas, aceitando honestamente seu dilema e começando a agir positivamente.

Um adicto tem sua vida totalmente controlada pelas drogas. Ele vive em uma incansável luta para alimentar sua dependência. Continue lendo esse post e entenda mais sobre o comportamento de um adicto em recuperação.

 

Como é o comportamento de um adicto?

No caso específico da dependência química, adicto é o nome dado à uma pessoa que sofre com a dependência. Estes indivíduos, popularmente chamados de “viciados”, sofrem e fazem sofrer todos os que os cercam. Eles estão frequentemente usando as substâncias e geralmente as utilizam em quantidades cada vez maiores.  O fundo do poço para cada adicto é pessoal, e a progressão da doença é inquestionável. O início do uso é como uma lua de mel, acompanhados de todos os sintomas que vem depois. A adicção é uma doença que escraviza, afeta as pessoas próximas e a esperança de se manter limpo sozinho torna-se cada vez mais falha, causando dor e aflição. Os sintomas de adicção são:

 - Ter dificuldade em controlar o consumo de determinada substância: mesmo se prometendo que será apenas um trago ou um gole, a pessoa não consegue parar após fazer uso da droga. A pessoa não tem noção de quanto está ingerindo, já não tem mais percepção de como a droga está afetando o seu organismo e senso.

 - Não conseguir perceber ou aceitar os prejuízos causados pelo vício: é comum a não percepção de que se está doente. A pessoa acha que conseguirá parar a qualquer momento, o que certamente é um engano. Fica se repetindo que não é um viciado, e que a hora que quiser parar irá conseguir, e com isso vai se afundando cada vez mais.

 - Apresentar fissura ou desejo urgente em consumir o que é objeto do vício: a vontade de fazer uso é quase que incontrolável e se o indivíduo ver alguém usando, tudo fica pior.

 - Ter crises de abstinência: o corpo, quando entende que a droga lhe causa sensação de prazer, fará tudo ao seu alcance para obtê-la. A pessoa começa a sentir ansiedade, dores de cabeça, tremores e muitos outros sintomas que só diminuem quando faz uso das substâncias químicas.

 - O comportamento do adicto pode trazer consequências sérias para o seu  convívio em sociedade, principalmente as relacionadas ao crime e a prejuízos financeiros como por exemplo:

 

Desrespeito às regras, leis e valores.

Roubos ou furtos para alimentar o consumo da substância, sendo que as pequenas ações podem ocorrer primeiramente dentro de casa. É comum que os parentes dos adictos sejam muito afetados com a doença e o comportamento deste, pois o mesmo perde a noção do que é certo e errado e acaba prejudicando a família e amigos. Começa cometendo pequenos furtos, mexe na carteira de outras pessoas para pegar dinheiro e depois, quando o dinheiro acaba, vai roubando objetos para vender e conseguir o dinheiro para sustentar o vicio.

Comportamento antissocial.

A área profissional e os estudos de um adicto também são afetados por seu comportamento. Ter faltas, ir trabalhar ou estudar sob o efeito de drogas ou álcool, apresentar dificuldade de concentração, ansiedade e irritabilidade por estar em local onde não poderá usar a substância são comportamentos comuns de um adicto.

Infelizmente neste estágio o desemprego e o abandono dos estudos são comuns, o que causa não apenas frustração aos entes queridos, mas problemas mais sérios, como os financeiros em decorrência da falta de renda, sem contar também a frustração de esposas, mães e irmãos vendo os sonhos depositados no dependente se esvaírem em função do vício.

Como é o comportamento de um adicto em recuperação?

A dependência química é uma doença crônica. Isso significa que recaídas podem afetar a pessoa várias vezes mesmo que ela tenha passado por um processo de internação, bem como participe de terapia e grupos de apoio. Infelizmente ainda existe um risco e estar vigilante todo o tempo é fundamental.

O tratamento psicológico é muito bem-vindo também após o tratamento para dependência química, pois é nele que a pessoa terá conhecimento de suas angústias e dores. Através desse tratamento que ela aprende a lidar com esses sentimentos.

O apoio psicológico não pode faltar de jeito nenhum no tratamento de um adicto. A rede publica oferece esse tipo de atendimento, que pode ser realizado em postos de saúde ou na própria unidade do CAPS da cidade onde a pessoa mora. É preciso aprender a dialogar, falar o que sente, expor a opinião e ser claro. As pessoas não conseguirão adivinhar o que o individuo está pensando e muitas delas não sabem que seus comportamentos podem tê-lo ferido. A comunicação é um elemento de grande importância nesse sentido.

Outro comportamento muito comum é o adicto se sentir vítima da própria doença, e usa isso para justificar suas atitudes, mas ter pena de si mesmo não é o melhor caminho para o tratamento. O ideal é que a pessoa reconheça seus erros e aprenda com eles, e não se esconda atrás de sua doença para não ter recaídas, mediante alguma frustração.

Um dependente deve estar sempre em recuperação, vencendo um dia de cada vez. Isso significa uma enorme mudança de hábitos que incluem:

 - Fazer novas amizades, pois as antigas, em geral, estavam vinculadas ao uso das drogas.

 - Praticar atividades físicas, pois isso ajuda a se manter no controle do tratamento.

 - Conhecer novos lugares, visto que os antigos remetiam à busca por drogas e essas referências precisam ficar para trás.

 - Valorizar aqueles que participaram de todo o tratamento e que ainda apoiam o adicto.

 - Exercitar seu autoconhecimento, percebendo em que circunstâncias não se desafiar, tentando a si mesmo, o que pode culminar em uma recaída.

 - Entender que se perdoar é importante e necessário para prosseguir, não se comparando a outras pessoas que não sofreram com a dependência. Estar vivo e poder retomar a vida são oportunidades que nem todos os que sofrem com o vício tiveram ou terão.

 - Não dar o primeiro gole ou trago, pois todos os estímulos podem voltar na mesma hora e possivelmente haverá mais uma vez problemas em controlar o uso, fazendo com que toda a dinâmica da dependência volte.

 

Uma das melhores formas de tratar a dependência química é através da reabilitação, do tratamento, pois nele o adicto aprende a conviver sem as drogas e a evitar as recaídas. Não é um processo fácil e ele deve ser feito preferencialmente em uma clínica de recuperação, local onde há uma equipe especializada que poderá ajudar a pessoa a lidar com o vício e se ver livre dele.

Os grupos de apoio são a melhor forma de expor dúvidas e pensamentos com pessoas que compartilham do mesmo problema, e se torna uma ótima estratégia para prevenir as recaídas após o tratamento para dependência química.

Não só o dependente químico mas também sua família deve frequentar os grupos de apoio a fim de fortalecer psicologicamente para enfrentar os desafios da recuperação da dependência química.

Vigiar os pensamentos e estabelecer um projeto de vida também é uma forma de prevenir recaídas. A pessoa deve dominar sua m

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